Em álbum em que o positivismo dá as caras nas letras das canções, a banda Vanguart atesta evolução e faz seu melhor trabalho
“Muito Mais que o Amor” (Deck, 2013) é bem Vanguart e também é o melhor Vanguart. Atestando evolução sem grandes rupturas com os trabalhos anteriores, principalmente com o antecessor “Parte de Mim Vai Embora” (2011), a banda se move rumo ao pop com o folk moldando seus passos.
De cara, a faixa de abertura do trabalho, “Estive” (Hélio Flanders) é séria candidata a hit. Animada, com letra positivista, dá todas as pistas que a busca da felicidade norteia o caminho dos caras de Cuiabá. “Pra onde eu devo ir?” (Reginaldo Lincoln e Hélio Flanders), nona faixa do trabalho é, desde já, uma das mais bonitas canções do ano, com o piano de Luiz Lazzaroto fazendo bela dobradinha com a peculiar voz do Hélio.
“Meu Sol” (Reginaldo Lincoln e Hélio Flanders) é outra com pegada pop e cara de hit. Menos feliz, “A escalada das montanhas de mim mesmo” (Hélio Flanders, Reginaldo Lincoln, David Dafré, Douglas Godoy e Luiz Lazzaroto), não foge ao tema que domina as letras – todas confessionais – do trabalho, mas apresenta um Vanguart menos abstrato e mais palatável, falando do amor e, por vezes, da falta dele sem soar pessimista.
Em “Muito Mais que o Amor”, há menos violões folk, mas as gaitinhas continuam aparecendo (em O que seria de nós? ela é mesmo a estrela), um bajo aqui e um violino ali, os arranjos espertos que sustentam bem até os momentos nos quais a poesia mais bem cuidada falta. É uma evolução que pode alçar o Vanguart ao estrelato pop.
O álbum está disponível para audição nas plataformas de streamming Deezer e Rdio.
Vanguart – Muito Mais que o Amor
Lançamento: Deck, agosto 2013
Quanto: R$ 15, em média
Review: * * * 1/2
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