ZAZ – Recto Verso
Lançamento: Importado 2013, Play On / Sony Music
Quanto: R$ 30, em média
Review:
Queridinha da imprensa musical francesa (e europeia em geral), Isabelle Geoffrey, a ZAZ, chega ao seu terceiro álbum, o segundo de estúdio, abrindo seu universo sonoro ao pop. Depois da elogiada estreia em 2010 com um álbum que realocava a chanson francesa em timbres modernos, a cantora passou a ser comparada até a Edith Piaf, num exagero (heresia?) típico da empolgação midiática cultural francesa. Zaz está ás vésperas de uma turnê brasileira para divulgação de Recto Verso (Play On / Sony Music), seu novo álbum que se não chega a negar a sonoridade daquela estreia, soa bem mais leve, alegre nas maioria dos momentos, uma indicação já exposta na capa do trabalho, acenando talvez a um desejo da artista de não ser levada tão a sério.
Recto Verso segue em influências jazzisticas em faixas como “Oublie Loulou“, “Comme Ci, comme ça“, “Gamine” e “T’attends Quoi“, músicas conceitualmente atreladas ao estilo de canções tradicionais francesas, algo de vaudeville, passa por baladas onde as limitações de intérprete da artista ficam evidentes, caso de “La Lessive” e “Si“, esta última com bonito e climático acompanhamento do toque dramático de piano, perseguindo quase sempre o mesmo tema – desilusões amorosas e artificial melancolia. Mas é o pop de “On Ira“, faixa de abertura do trabalho, que dá o tom geral do álbum (mesmo que nem sempre explicitamente) e que segue cada vez mais destacado em “Gamine“, “Nous Debout” e “Toujours“. Entre a tradição um tanto envergonhada e o pop ensolarado, ZAZ em geral se sai bem Recto Verso – álbum que se deixa ouvir de forma tranquila.
A cantora fará quatro apresentações no Brasil no mês de março. O primeiro, dia 19 no SESC Palladium, em Belo Horizonte. Dia 20, o palco será o do Circo Voador, no Rio de Janeiro e finalizando, 2 noites em São Paulo, no Sesc Pompeia, dias 22 e 23.
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